Código do Caos #17: Dados do SUS nas garras das big techs. Com Sérgio Amadeu, Joyce Souza e Fábio Maldonado
First published
03/12/2024
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society
technology
leisure
games
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APOIE O CÓDIGO DO CAOS: apoia.se/codigodocaosCONTRIBUIÇÃO VIA PIX: https://nubank.com.br/pagar/185xn/SSdML7T4ByO Sistema Único de Saúde, o SUS, é uma das grandes conquistas do Estado brasileiro e uma referência de saúde pública universal em todo o mundo. Contudo, conforme o Brasil foi se alinhando às políticas neoliberais a partir dos anos 1990, com as privatizações e a contratação de tecnologias estrangeiras em detrimento do desenvolvimento de soluções nacionais, o país passou a trilhar um caminho perigoso na área da saúde.Em um artigo intitulado “Saúde digital e o aprofundamento da dependência tecnológica”, os pesquisadores Joyce Souza e Fabio Maldonado contam que os dados do sistema de saúde brasileiro (ou seja, de toda a população e dos trabalhadores da área de saúde) estão sendo entregues a empresas como a Amazon, que os hospedam em servidores localizados fora do Brasil. Como se isso já não fosse problemático o suficiente de um ponto de vista da soberania, dados são hoje o novo petróleo e hoje alimentam Inteligências artificiais e a criação de novos produtos digitais, que podem eventualmente ser oferecidos para o próprio Estado brasileiro pelas empresas de tecnologia estrangeiras, aprofundando um ciclo de dependência e subalternidade do Brasil diante dos países imperialistas.No episódio de hoje, o Código do Caos se junto ao podcast Tecnopolítica para discutir o artigo da Joyce e do Fábio. E aqui vale uma apresentação. O Tecnopolítica é um podcast publicado desde 2018 e apresentado por ninguém mais ninguém menos que o Sérgio Amadeu, um sociólogo conhecido internacionalmente por sua luta pelo software livre e pela inclusão digital no Brasil. O Sérgio é professor da da Universidade Federal do ABC e coordena o programa de pós-graduação em ciências humanas e sociais da instituição.Reportagem: O brasileiro que desafiou a Microsoft e virou ícone internacional de ativistasNesse collab do Código do Caos com o Tecnopolítica, eu e Sérgio entrevistamos Joyce Souza e Fábio Maldonado. A Joyce é jornalista e doutora em ciências sociais pela UFABC e pesquisadora do laboratório de tecnologias livres da mesma universidade. O Fábio é mestre pelo Prolam e pesquisador de dependência na América Latina.Siga o Código do Caos nas redes sociais:TwitterInstagramTiktokSiga Henrique Sampaio nas redes sociais:TwitterInstagram Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
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Código do Caos #6: Apresentando Fase 2
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Código do Caos #26: Onlyfans e o prazer plataformizado
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Description: APOIE O CÓDIGO DO CAOS: apoia.se/codigodocaosCONTRIBUIÇÃO VIA PIX: https://nubank.com.br/pagar/185xn/SSdML7T4ByConteúdos eróticos ou pornográficos sempre estiveram entre os mais procurados e acessados na internet, desde antes mesmo da abertura comercial da rede, nos anos 90. Mas nos últimos 10 anos, uma novo componente tem mudado a forma como esse tipo de conteúdo é produzido e consumido: o Onlyfans. Tal como tem acontecido com outros aspectos das nossas vidas, o sexo e o prazer vem sendo plataformizado, e hoje, o Onlyfans é a maior plataforma de conteúdo adulto por assinatura, com mais de 3 milhões de criadores e 220 milhões de consumidores registrados em maio de 2023. Segundo uma pesquisa acadêmica, 69% dos usuários do Onlyfans são brancos, 89% são casados, 63% são homens e 59% são heterossexuais, o que nos dá uma ideia de quem é o usuário médio da plataforma.Com essa grande produção de conteúdo erótico ou pornográfico publicado por pessoas comuns no Onlyfans, o comportamento dos consumidores tem mudado e feito até gente a pagar por pornografia pela primeira vez na vida, algo que sites populares como Xvideos nunca foram capazes. O Twitter, a única plataforma grande que aceita conteúdo adulto, se tornou um espaço essencial para a divulgação desses criadores, recebendo uma avalanche de pornografia ou conteúdo erótico nos últimos anos e para algumas pessoas, até substituindo sites pornôs como o Xvideos.Mas abrir um Onlyfans, como a gente costuma brincar, é mesmo sinônimo de dinheiro fácil? O que trabalhadores e trabalhadoras sexuais precisam lidar ao entrar nesse ecossistema para manter sua renda mensal? Para responder essas e outras perguntas eu conversei com Barbara Mendes Lima, mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina, onde pesquisou a produção de imagens explícitas em plataformas digitaisSiga o Código do Caos nas redes sociais:TwitterInstagramSiga Henrique Sampaio nas redes sociais:TwitterInstagram Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
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Código do Caos #13: Precariedade do trabalho digital, com Rafael Grohmann
Release Date: 01/30/2024
Description: APOIE O CÓDIGO DO CAOS: apoia.se/codigodocaosCONTRIBUIÇÃO VIA PIX: https://nubank.com.br/pagar/185xn/SSdML7T4ByO termo gig economy (“economia de bicos”, em uma tradução literal) surgiu há alguns anos como forma de classificar o tipo de trabalho feito através de aplicativos e plataformas digitais. Contudo, no contexto dos países em desenvolvimento, como o Brasil, isso nada mais é do que uma nova forma de se referir a trabalho informal. E hoje, com a normalização do trabalho por plataforma – da criação de conteúdo em redes sociais aos aplicativos de entrega –, houve uma apropriação desse trabalho informal por parte das empresas de tecnologia. Esse movimento, que tende a se expandir conforme postos de trabalho são eliminados (como os dos jornalistas), sujeita trabalhadores a algoritmos abusivos e sem uma regulamentação, onde não há como garantir o mínimo para o trabalho digno.Neste episódio eu converso com Rafael Grohmann, coordenador do Laboratório de Pesquisa DigiLabour e do projeto Fairwork, vinculado à Universidade de Oxford. Professor na Universidade de Toronto, Rafael é também um dos principais pesquisadores brasileiros no campo do trabalho por plataforma.Twitter e Instagram do Rafael GrohmannAssociações e sindicatos mencionados:Buzzfeed News UnionAlphabet Workers UnionCommunications Workers of America Union (CWA) (cwa-union.org)Youtubers Union | United We StandCreators Guild of America | HomeSite Offline (thecreatorunion.com)Home - IWGB Game WorkersTech Workers CoalitionWriters Guild of America West (wga.org)Means TV | Means TVSiga o Código do Caos nas redes sociais:TwitterInstagramTiktokYouTubeSiga Henrique Sampaio nas redes sociais:TwitterInstagram Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
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Código do Caos #24: 10 anos do Gamergate; com Beatriz Blanco
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Description: APOIE O CÓDIGO DO CAOS: apoia.se/codigodocaosCONTRIBUIÇÃO VIA PIX: https://nubank.com.br/pagar/185xn/SSdML7T4ByDescrito por estudiosos como uma campanha de assédio online e uma reação da extrema direita contra o feminismo, a diversidade e o progressismo na cultura de videogames, o Gamergate surgiu inicialmente como um ataque coletivo à desenvolvedora de jogos Zoe Queen, e rapidamente se espalhou por toda a indústria de games, atingindo mulheres e minorias, incluindo desenvolvedoras, pesquisadoras e jornalistas. O movimento descentralizado clamava por um jornalismo de games ético e neutro como forma de proteger a identidade e cultura gamer do chamado politicamente correto, hoje também descrito como cultura woke. Naquele momento, o jornalismo e a indústria de games vinham acompanhando as transformações da própria sociedade e buscando pensar em inclusão e representatividade -- isso, em uma indústria e cultura que então eram reconhecidas como predominantemente masculina, pra não dizer machista e tóxica a mulheres e minorias. A campanha de ódio, organizada de forma orgânica em sites como o 4chan e Reddit, em uma época em que redes sociais ainda eram bem diferente das de hoje, desencadeou fortes reações, furando a bolha dos videogames e atingindo a grande mídia e a política. Tanto é que, a partir daí, a extrema direita, notando as táticas de assédio e intimidação online dos gamers conservadores, passaram a cooptar esse grupo e replicar suas estratégias. A atuação de Steve Bannon nesse movimento, que depois se tornaria estrategista-chefe de Donald Trump e conselheiro de Jair Bolsonaro, acabou consolidando esse como o modus operandi da extrema direita.Mas passada essa década, o que mudou? Qual foi o legado do Gamergate para a indústria de games e para o mundo, além desse evidente impacto na política e na cultura digital? E quão mais inclusiva e diversa se tornou a indústria de videogames desde que o Gamergate tentou conter o avanço progressista neste meio? Para responder essas e outras perguntas eu converso com a pesquisadora Beatriz Blanco. A Bia é professora coordenadora dos programas de graduação em multimídia e jogos digitais no Senac, em São Paulo e estuda a relação entre ativismo social e mobilizações online na cultura gamer.Siga Beatriz Blanco:TwitterSiga o Código do Caos nas redes sociais:TwitterInstagramSiga Henrique Sampaio nas redes sociais:TwitterInstagram Hosted on Acast. See acast.com/privacy for more information.
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